Bom dia, Lília, tudo bem?
Antes de tudo, preciso saber uma coisa:
Eu mesma assino pouquíssimas newsletters, sempre acho que a maioria fala coisas muito óbvias que não me interessam… então preciso da sua opinião sincera.
Se você não quiser, não precisará fazer nada.
Mas, se quiser, é só se inscrever neste formulário. A partir dele, você cairá na minha lista de contatos que realmente querem ler o que eu escrevo aqui e que receberão as próximas newsletter todo sábado pela manhã.
Vou te explicar sobre o que vou escrever nesses textos.
Vou extrapolar bastante o conteúdo de Metodologia. Algumas alunas minhas brincam que eu não dou aula dessa disciplina, dou aula sobre a vida, sobre filhos, sobre ser adulta. E este será mesmo o objetivo: que você possa refletir sobre a vida acadêmica como um campo de amadurecimento pessoal.
É um conteúdo mais íntimo, que eu não compartilharia no Instagram. Muitas vezes, trarei experiências mais duras, e espero que você possa me responder com as suas observações. Estou sempre disponível por e-mail. Clica lá no formulário para continuar comigo nas Newsletters, Lília.
Você já falou “professora, posso fazer o trabalho em grupo sozinho(a)?” Eu já. Não foi só uma vez. Me achava mais rápida, mais capaz e sabia que seria mais fácil fazer sozinha. Mesmo se tivesse que fazer em grupo, preferia fazer as tarefas dos demais, só pra ficar livre. Eles não iam fazer mesmo! (ou não iam fazer do jeito que eu queria mesmo).
Big mistake.
Já professora, esse pensamento se transformou em “vou consertar sozinha o trabalho desse aluno”. É tão mais rápido!
Quando chegou a maternidade, no entanto, eu já era outra pessoa. Em raríssimos momentos optei por fazer pela Cecília o que ela tinha capacidade – mesmo que pequena – de fazer sozinha ou com a minha ajuda (só ajuda). O que mudou nesse ínterim?
Compreendi que fazer sozinha ou fazer pelos outros é de um egoísmo muito grande. Achei que estava fazendo um bem: para mim e pros demais. Quem não gosta de tarefas feitas?
O problema é o seguinte: se faço sozinha sempre, nunca terei ajuda. Se faço sozinha sempre, tiro do outro a oportunidade de aprender a também fazer, tiro a satisfação de se sentir capaz, de melhorar. É muito mais difícil fazer em conjunto! E também é muito melhor.
Nos últimos dias, conversei com várias mentorandas minhas sobre como é bom ter apoio, se sentir ouvida, debater seu tema com outra pessoa em vez de ficar falando para o além. Isso não significa que eu escrevi por elas; não fiz nenhuma parte do trabalho. Mas ensinei a fazer, li, ouvi, sugeri.
Demora mais, é mais difícil. Só que dura. É permanente.
São poucas as coisas que precisamos mesmo fazer sozinhas por incompetência dos demais. Quando elas aparecerem, faça-as. Mas tem sido muito bom para mim não inventar de fazer pelos outros. E para você?
Com afeto,
Lília Finelli